segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Please be honest Mary Jane are you happy?

Alguém aí já tentou responder essa pergunta?  Eu já, algumas vezes, umas porque me fizeram e outras porque fiz a mim mesma, a resposta é sempre a mesma, outra pergunta.

O que é felicidade? Sim, porque para o meu intelecto limitado é necessário saber o que significa a pergunta antes que se possa respondê-la e se não sei o que é felicidade poderia ser feliz mesmo assim?

A felicidade pra mim sempre foi uma coisa fugaz e abstrata. Enquanto a tristeza é algo real e palpável a felicidade mais parece uma assombração, algo que se vê de relance com o canto do olho. Ser feliz pra mim é como tentar agarrar fumaça e guardá-la no bolso esperando encontrá-la quando for procurar uma moeda pro troco.

Acho tão esquisito pessoas que são felizes por comparação, confesso que poderia ser um método válido de tentar concretizar esse sentimento escorregadio mas pra mim simplesmente não funciona. Não me sinto mais feliz por dormir em uma cama só porque muitos não a tem, me sinto agradecida por ter o que comer quando tantos morrem de fome, mas não vou ser hipócrita a ponto de dizer que isso é capaz de elevar meu espírito. Não rola pra mim, não gosto da idéia de não reconhecer a felicidade na multidão a menos que a veja sentada bem ao lado da tristeza, tem que existir algo mais!

Comida pra mim não é pasto e tampouco bebida é água, felicidade pra mim é outra coisa, fica em outro lugar, eu já estive lá de passagem. Vivo dizendo pra mim mesma que quando eu tiver o carro dos meus sonhos ou a casa que eu tanto quero, vou morar lá, mas no fundo sei que não passa de ilusão. Primeiro porque não acredito que a "hapy land" exista. Não acho que ninguém more lá, acho que as pessoas mais sortudas (não as mais ricas, ou as que tem a casa ou carro dos sonhos, percebam, eu disse as mais sortudas!) passem féria por lá, mas realmente não acredito que seja possível fixar residência num lugar como esses...mesmo porque o ser humano gosta mesmo é de sofrer e se fosse feliz o tempo todo é bem provável que morresse de tédio nos primeiros 3 meses.

Felicidade pra mim vem se tornando cada vez mais um exercício que leva à um certo estado de espírito, claro que ainda depende muito do ambiente externo e as cirunstâncias nas quais me encontro (confesso que fica meio complicado tentar gargalhar afogando em areia movediça...) mas acho que com treino isso ainda vai mudar.

Você é feliz? Essa é pergunta tão complexa que pode ter inúmeras respostas corretas (e pode até se transformar desavisadamente num insulto, use com cuidado!). A felicidade é subjetiva e absolutamente interpretativa. Alguém pode ser feliz fazendo ou vivendo algo que faria seu irmão gêmeo univitelino a pessoa mais infeliz da face da Terra. A felicidade tá dentro da gente, tem menos a ver com o que temos e mais a ver com que somos e com o que queremos ou só com o querermos naquele momento por isso tanta gente é infeliz. Não temos tempo de olhar pra dentro pra saber o que nos faria feliz, estamos ocupados demais trabalhando pra conseguirmos dinheiro pra comprar a próxima coisa que nos fará felizes, ocupados demais procurando o pote de ouro no final do próximo arco-irís. O desafio nos move, sem dúvida é ótimo se superar mas hoje eu falo de outra coisa, de uma busca mais profunda.

Seria ótimo ter uma fórmula pra ser feliz, ou ser capaz de adquirir algo que nos fizesse feliz, mas isso é o mesmo que querer que os filhos viessem com manual de instrução, ou querer que fosse possível abrir nossa cabeça ao meio e jogar o livro de matemática lá dentro. São sonhos impossíveis que achamos que nos fariam felizes. Fariam mesmo?



Cada dia mais percebo que é preciso querer ser feliz pra sê-lo, não estou dizendo que isso basta. Há quem diga que as coisas se tornam verdade depois de muito repitidas, não acredito nisso. Acho que é preciso primeiramente ter a intenção de sair da inércia da apatia e desafiar a si mesmo a sentir, casar com a vida mesmo sabe? na saúde e na doença, na riqueza  a pobreza?  Se permitir cair no fundo do poço pra poder alcançar as nuvens numa próxima ocasião e lutar pra isso. Cair, sangrar, sacudir a poeira, colocar um band-aid e seguir em frente, subindo novamente todos os degraus que rolou.




Minha idéia de felicidade por hora é conseguir relaxar e senti-la apenas, sem a necessidade de capturá-la, dissecá-la, fotografá-la e entender  do que ela é feita. É entender que ela está também no percurso e não só na linha de chegada, nos preparativos e não só na festa!  

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

It´s now or never. Face yourself!

Tava conversando com uma amiga sobre a as agruras de tentar tornar-se uma escritora outro dia e ela me abriu os olhos de uma forma brilhante. Com uma única pergunta, bem simples e direta ela me fez repensar meu posicionamento frente à vida.

Eu sei lá como começou...acho que foi com a história de ela ter comentado algo que escrevi no blog. Eu não tive dúvida e já começei a reclamar (pra não perder o hábito).

- Pô quer dizer que vc leu?

- Li

- e não comentou pq? Nunca tem uma porra de um comentário naquela piramba de blog! Me sinto uma idiota falando com
as paredes. Me sinto presa num quarto escuro conversando com meu próprio eco (sim, tenho uma certa propensão ao drama...)

- Ah sei lá, não curto cmentar...muito muito de opinião, que ler vai achar que eu sou louca. Vou dizer uma coisa e depois desdizer. Quem é que tá te colocou lá dentro?
Uns dois ou três segundos de silêncio e desconforto depois (odeio ser confrontada! muito!!!)...

- Vocês ué! Me deram a maior força pra começar um blog, disseram que isso ia ser o máximo pq não ia depender da boa vontade de nenhum editor pra ser lida, bastava postar e pronto, tava lá pra quem quisesse ler e...porra...fico lá....abandonada, me sangro pra escrever cada post e nnguém faz uma bosta de um comentário (boca -suja é a vó, queria ver a sua fineza se estivesse abandonada(o) num quarto escuro,
sangrando sua alma sobre um teclado solitário,
sem nenhum feedback dos seus melhores amigos!!!)

- Ué digo eu, achei que gostasse disso. Achei que só as pessoas que curtissem escrever quisessem se tornar escritoras. Não gosta não?
Segundos desconfortáveis de novo...

- Gosto.

- Então?...não entendi o drama. Se tá fazendo o que gosta, tá reclamando de quê?

- Gosto mais dói...é um parto, demora, toma tempo, me cansa, drena minhas energias..... mi, mi, mi, mi (choro de mimadinha)

- Pq não abre a porta e sai?

Tóin, óin, óin, oin óin!!!!

Terra chamando Carla!!!!

Foi um baita de um tapa na cara, mas no super bom sentido. Recomendo um desses a todos vocês, periodicamente...pelo menos pros que forem iguais a mim, peixinhos dourados (cada volta no aquário é um mundo novo!).

Minha amiga está absolutamente correta, se estou fazendo o que sempre quis, tô reclamando de quê?!?

Preciso parar de ter pressa pra tudo e começar a sentir prazer no processo das coisas, pq como ela mesma disse (e eu assino embaixo!) a vida é um processo! Nunca é a vitória ou a chegada. Esses momentos duram tão pouco, sabe o que tem depois de uma linha de chegada? Uma nova jornada, ou alguém prtende ficar lá, estatelado na linha quadriculada pra ser atropelado pelos que vêem logo atrás? Não a gente quer um novo desafio, vai inventar uma nova conquista e a vida é assim mesmo e é bem assim que deveria ser, senão a gente morreria de tédio! Fora que, fala sério, nem me liguei que a decoração do quarto que escolhe sou eeeeeeu! Helloooooo!!!

Hoje, domingão me parece um belo dia pra rever alguns valores pra amanhã começar uma nova fase, mais empolgada, mais positiva mais viva!....pelo menos até a próxima volta no aquário....HAHAHAHAHAHAHAAAAA!!!




segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Me vi na TV

Hoje finalmente consegui assistir o filme que me recomendaram há algum tempo, Julie and Julia. Pra ser bem sincera o apelo era zero (detesto a Meryl Streep), mas me disseram que seria inspirador, deu certo de estar no começo bem na hora que eu trocava de canal...uma daquelas "coincidências" sabe? Assisti. Gostei. Diria até que me inspirei mas isso não é necessáriamente verdade, quer dizer até é, por um tempo, mas às vezes me sinto um saco furado, não seguro nada! Duas horas depois do filme terminar, aqui estou eu me perguntando se tudo que a Julie fez valeu a pena mesmo, afinal de contas ela aind amora no Queens e a idolatrada Julia Child dela não quis sequer conhecê-la (quem não souber do que eu tô falando, veja o filme). Um saco essa coisa do copo estar sempre meio vazio. Talvez seja esse o meu problema, ou pelo menos o mais grave deles. Ceticismo.

Essa minha mania de olhar pro copo e enxergá-lo sempre meio vazio cansa até a mim! Fala sério, tem horas que nem eu suporto tanto "realismo".

Uma pessao me disse há pouco tempo que sou muito teórica...acho que agora entendo o que ela quis dizer, que sou sempre muito analítica e racional, quero racionalizar tudo, pegar a magia colorida e brilhante e dissecar todinha até que sobrem apenas pedaços cinzas e austeros de pura "realidade". Que saco!

Quando eu era criança meus ídolos eram o Bruce Willis no Duro de Matar e o Mel Gibson no Mad Max. Por que? Por que eles eram capazes de rir diante das desgraças. Conseguiam manter o bom humor e faziam piadinhas mesmo nas piores situações. Babava com a habilidade de manter o bom humor dos caras, claro que ainda não sabia que era apenas um texto escrito por alguém que nem de longe tinha passado ou iria passar por uma situação parecida (ah cala boca sua racional de merdaaaa!)...a verdade é: admiro as pessoas que têm bom humor.

Acho o máximo quando alguém tá numa puta enrascada e cnsegue manter o bom humor. Rir da própria desgraça é tipo, ninja! Eu sou bem mais o estilo da nossa amiga Julie, que joga tudo no chão e se derrete em lágrimas no chão da cozinha pq derrubou um peru rechado no chão. Não me orgulho, mas sou.

Queria poder me livrar de toda essa bitolação, queria me jogar mais nas coisas, na vida, sem pensar tanto a respeito, sem racionalizar cada passo que dou, pq cada dia mais percebo que quem pensa demais faz de menos.

Quero levar a vida menos a sério e encontrar a coragem de me jogar de cabeça no próxima toca de coelho que encontrar e quem sabe começar a encarar a queda livre como parte da diversão!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Onde vivem os monstros

Eu tava assitindo um programa sobre obcessivos-compulsivos ontem à noite, ontem a coisa era especialmente focada nos colecionadores, ou seja, aquelas pessoas que juntam lixo e acabam soterradas nele sabe?
Eu acredito que existam doenças mentais, não, não do mesmo jeito que acredito em fantasmas ou em duentes (nem sei se acredito de fato em fantasmas, em duentes definitivamente não, foi uma afirmação meramente ilustrativa do "eu acredito" incorreto....nesse caso..... hahahaha, esquece!), o fato é que sei que as doenças mentais existem de fato, mas também acredito (isso não sei de fato, não tenho provas reais) que seus detentores (das doenças mentais) são os grandes responsáveis pelo seu desenvolvimento.

Ok, podem me achar uma ridícula, absurda, ignorante, etc...mas na minha humilde opinião todos temos algum tipo de "problema" mental. Sabe aquela máxima "de perto ninguém é normal"? Acho que é beeem por aí. Eu sempre soube disso, mas achava que tinha a ver com a capacidade de dissimilação das pessoas mas agora, especialmente depois de ver no programa de ontem pessoas destruindo deliberadamente a própria vida e de quem estivesse ao redor por causa de vícios e compulsões e ver a história de vida delas, como elas era antes de tudo aquilo começar tendo a acreditar que não é só a capacidade de se fazer de normal que vale, mas a quantidade de auto indulgência (isso faz com que eu me sinta bem), auto comiseração (quando tinha 4 anos fui acampar com o meu pai e ele não levou nenhum chocolate pro lanche e desde daquele dia tenho que ter sempre um chocolate à mão) e falta de parâmetro de comparação (algumas dessas pessoas viviam sozinhas, sem outras pra dar um pedala bem dado bem na nuca e mandar virar homem....fossem eles homens ou mulheres).

A gente adora dar desculpa pro nosso mau comportamento, assim como o do nossos filhos, dos nossos pais, até do nosso cachorro. Por que? Porque temos a ilusão de que tratar o sintoma é menos doloroso e  mais rápido que tentar achar o agente causador , ou seja, não sei pq fazemos um auê tão grande qdo descobrimos que fomos iludidos por outra pessoa, um político, um amante, um amigo....adoramos a ilusão! Ela é tão mais aconchegante e acolhedora que a verdade, essa coitada, nunca foi mesmo párea pra nossa imaginação e nem nunca vai ser.

Ai, sou impossível fala sério, quero falar de uma coisa e não consigo! Nunca chego ao fim! Passa um avião lá looonge e me distrai, abaixo pra cheirar uma flor, encontro um liquidificador escondido embaixo de uma pedra e....onde é que eu estava mesmo? Aliás onde estou?

Bom, retomando, auto indulgência e auto comiseração são combustíveis pra doenças mentais. É isso que penso!

A doença existe? Sim! ...mas sei lá, acho que existe em todos nós. O grau que ela vai atingir, me parece, na minha abençoada ignorância do funcionamento químico do cérebro, intimamente ligada ao modo como decidimos reagir ao que acontece nas nossas vidas. Isso, decidimos. Pensem o que quiserem, afinal esse é um país livre mas pra mim esse é o único controle que temos de verdade nessa vida, como vamos reagir ao que acontece, já o que acontece....como já diria minha mãe a gente põe e Deus dispõe (e ditados de Mamy bombando no blog!).

Já viu algum viciado ter tido uma vida bacana, ou pelo menos normal? Quer dizer, pode até parecer normal (quem diria que aquele rapaz de uma família tão boa acabaria assim?), mas dentro deles o inferno e o tormento era sempre insuportável, tão insuportável que a única saída possível era o vício pra poder anestesiar a imensa dor de viver. Sei que o que vou dizer agora pode parecer insensível, mas o que eu escuto qdo ouço essas histórias é blá, blá, blá achava aquilo tudo divertido, blá, blá, blá fui fazendo com uma frequência cada vez maior pq só gosto de sentir prazer, trabalhar e ter responsabilidades não é o meu forte.

Hellooooo não é o meu também! É o seu??? Pára com isso, a única coisa que consigo ver aí é auto indulgência. A pessoa quer fazer o que dá prazer (é o mostrinho do radicalismo bateu um pratinho de 6 ovos mexidos com torradas e bacon hoje, mas sabe, ouvi dizer que admitir que o problema existe é meio caminho andado e pra bom entendedor meia palavra basta)!

A mesma coisa com a obcessão. A pessoa começa fazendo uma coisa simples tipo, comendo, limpando, sei lá. Alguém aí gosta de comer? Ficar num lugar organizado e cheiroso é bacana ou prefere uma possilga? Até aqui tudo normal. Aí o dito cujo começa a fazer daquilo uma obcessão, come até ter que ser tirado com uma empilhadeira de casa ou limpa até as unhas caírem no chão e os dedos começarem a sangrar e pronto! Temos mais um doentinho pra cuidar! Por que? Porque por "N" motivos, que só ele saberá explicar com olhos lacrimejantes e costas arqueadas pelo peso da vida.

A verdade nua e crua, sussurrada pelo meu amigo com a barriga cheia de ovos, é que ele continuou fazendo , no melhor estilo peixinho dourado, o que lhe dava prazer! Sem nenhuma auto censura, pq afinal de contas, àquela pessoa que só limpa foi designada por Deus a manter todas as coisas do mundo organizadas além de ter sido obrigada a conviver sozinha com todos os germes e ácaros desse mundo, diferentemente de vc e eu que convivemos apenas com o pó e a sujeira.

O obeso se sentia mal por ser gordo e a comida oferecia conforto, portanto obviamente a solução mais prática não seria levantar a bunda da cadeira e tentar ter um estilo de vida mais saudável, mas sentir-se bem pelos 5 segundos que o açúcar do bolinho Ana Maria descia arranhando a garganta.

Vão dizer que estou tendo um acesso de raiva? É precisamente isso! Esses são os meus monstros e é exatamente pensando neles que escrevo esse post, ou seja, falo com conhecimento de causa! Foco é a palavra chave, esse é o prato preferido deles, foco marinado em auto indulgência, coberto com deliciosas lascas de auto piedade!...como estou escrevendo sobre isso agora é natural que esteja focada entendem (será q mencionei que justificativas estúpidas sâo um acompanhamento apreciadíssimo?)?

Eu acredito em monstros! Acho que todos nós temos alguns morando dentro de nós, estão vivos e têm vontades próprias, é verdade! No entanto, como qualquer coisa viva precisam de alimento pra poderem crescer, fortes e saudáveis e o que me conforta (mas com certeza desassosega outros) é que mesmo que lhes seja oferecido um banquete, precisam da nossa permissão pra sentar-se à mesa (se é que monstros têm esse costume...).

Não estou dizendo que isso resolve o problema, posso garantir (assim como todo o meu círculo social) que as minhas ferinhas andaram comendo um pouco mais de Sucrilhos do que eu gostaria, mas pelo menos nos traz de volta o controle e a responsabilidade que "confortavelmente" delegamos às doenças e distúrbios(ou que nos são tomados à força por elas, como eu disse tudo é uma questão de ponto de vista).




Enlouquecer é uma escolha? Provavelmente não, mas permanecer são talvez seja. 

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Long time no see

Oi pessoas, dei uma sumida né?...bom, isso não é inteiramente verdade, pra ser honesta escrevo aqui quase todos os dias, mas mentalmente.

A coisa funciona mais ou menos assim, penso num post, escrevo mentalmente e penso, na hora que der um tempinho eu coloco lá no blog. Mais tarde, qdo o tal tempinho surge cadê a vontade? Já falei tudo que tinha pra falar mesmo (pra mim mesma...sabe aquelas propagandas irritantes da NET, Roberta, Amilton...são um subproduto da minha realidade interior cotidiana) whats the point?!? Melhor me esparramar no sofá e torçer pra que o Adam consiga terminar aquele burrito colossal...não aguento mais ver a comida ganhar!

Não é sempre assim, apesar de ter sido assim minha vida toda. Confuso? Eu explico melhor.

Sou de fases (ah, jura?!?) mas minhas fases são a cara da dona, radicais (uhuuu o foca é animal!). Não é radical nesse sentido, é extremista mesmo, não que eu faça força pra ser assim, aliás, muito pelo contrário, morro de inveja de gente equilibrada, centrada, CONSTANTE e bem humorada (favor não confundir abestalhada com bem humorada), daquelas que sabem rir da própria desgraça, não de nervoso, mas porque têm a presença de espírito de enxergar que aquilo é só uma fase. Adoro esse tipo de pessoa, que consegue fazer piada quando tá na merda, pena que nunca conheci uma...a não ser o Bruce Willis (Duro de Matar) ou o Mel Gibson (Mad Max). Tenho certeza que o bom humor me salvaria em inúmeras situações, mas acho que o meu foi cirurgicamente removido quando nasci.

Esqueci o que eu queria dizer...pra que era esse post mesmo? Ah, acho que era pra me desculpar com os meus convivas se desapareço de quando em quando, mas é que moro num condomínio afastado mas suuuper bem estruturado, tem tudo lá dentro, padaria, locadora, supermercado, quitanda (não que eu frequente, mas ouvi dizer...) e às vezes me dá uma preguiça de pegar aquela estrada compriiida pra encontrar vocês...putz são quase 9 da manhã????

"Tchau. Já deu minha hora  e eu não posso ficar"

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Baile de máscaras

Todo mundo usa uma, às vezes mais de uma, elas são artesanais, construídas aos pouco, feitas de uma colagem das rejeições que sofremos, elogios que ganhamos, das boas notas na escola, das ruins, dos rótulos que odiamos e dos que fazemos qualquer coisa pra manter.  Construímos uma persona social que tem como objetivo nos ajudar a  passar pela vida sem sermos mastigados e engolidos por ela, consciente ou inconscientemente, isso é fato.
No entanto a pergunta que não pára de martelar na minha cabeça é o quanto conseguimos ver, cheirar e sentir da vida através dessas nossas máscaras, essas caras que colocamos em cima das nossas próprias ao levantar e deixamos (alguns não) na mesinha de cabeceira qdo vamos dormir.
Sinto que muitas vezes, num rompante, arranco a minha em público, (se é que podemos chamar familiares e amigos íntimos ainda se encaixam na definição de público) é um momento absurdamente desconfortável (bem no estilo daquele sonho que vc tá pelada(o) no meio da rua e tá todo mundo te olhando?), contando aos outros o que vai dentro de mim, decisão da qual ivariavelmente me arrependo logo em seguida.
Não funciona pra mim, me vejo como um ET deitado numa maca, rodeado por cientistas curiosos me abrindo ao meio, cutucando minhas entranhas expostas pra entender do que são feitas. Situação asquerosa. Evito!
Por outro lado me pergunto como as pessoas poderiam me enxergar se não tolero ser vista?
A escrita sempre foi um meio de comunicação poderoso pra mim, uma ponte entre o meu mundo interior (extremamente tumultuado) e o mundo real, sempre me pareceu estranho, mas reconfortante, como todos os meus pensamentos desordenados de repente se tornavam palpáveis e inteligíveis, até pra mim mesma, não, principalmente pra mim mesma, uma vez impressos no papel. Estão ali, deixam de ser abstratos, existem!
É como se meus dedos soubessem me explicar melhor que minha boca, então deixo que seja assim e aqui procuro revelar um pouco de pele e mostrar do que sou feita, feia ou bonita.
O papel raramente julga (sim, existem os que se revoltam, se transformam em um analista de origami e te dizem umas boas verdades!) e aceita os maiores disparates com placidez e se nesse momento estiverem rindo e balançando a cabeça negativamente (tipo, tsc, tsc) achando que não percebo que isso é só mais uma das minhas máscaras, a persona de escritora que fala por mim, saibam que considerei essa hipótese e depois de conversar com meus dedos percebi que é no máximo uma maquiagem e uma boa maquiagem pode revelar mais do que esconder!
^^Esse aí em cima é um auto retrato que fiz há algum tempo, sei que a definição está péssima mas procurem entender, o papel estava sujo, o lápis era péssimo e a desenhista...extremamente injustiçada HAHAHAHA!!!
BEIJO E ME SIGA!!!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A felicidade é uma Ferrari!

É isso mesmo que eu acho, não pq eu ame Ferraris perdidamente mas depois de pensar sobre a conversa que tive com uma amiga ontem percebi que se fosse materializar a felicidade ela se pareceria com uma.
É muuuuuuuito difícil ter uma, cabem apenas duas pessoas confortavelmente, no máximo três (a terceira tá meio na roça) e mesmo quem tem, não usa todo dia.
A felicidade é na minha cabeça é bem assim, ontem, essa amiga (que está em busca sua Ferrari) me perguntou se eu achava que o que ela estava fazendo era egoísta...pode até ser, mas é assim mesmo que a banda toca !
Não dá pra gente ser feliz levando em conta a felicidade do outro, pq é um conflito de interesses por definição! Cada um quer uma coisa da vida e se formos tentar fazer as coisas de modo que possamos agradar à todos estamos beeeeem na roça!
Não tô falando pra sair por aí puxando o tapete de todo mndo pra ver se sua felicidade não se escondeu lá embaixo, mas tô dizendo que não deverámos nos culpar por querer que as coisas sejam do jeito que achamos que devem ser, ou que sentimos que devem ser (tem isso tbém né, mulher é super intuitiva e as que escolhem não se ouvir....listen to your heart when it´s callin fot you...(ai que brega, só por Deus!) sempre quebram a cara.
Veredicto final (veredito tem "c" Mamy?), curtam a sua Ferrari, ela é linda e provavelmente vermelho paixão, mas cuidado pra não atropelarem ninguém nessa estrada, pq essencialmente acredito que tudo que fazemos volta pra nós 3x mais forte, tanto de bom quanto de ruim.
A minha procura pela felicidade, como quase todo o resto, é bastante racional. Peso as coisas sabe? Prós e contras...ai, sei que pareci um tédio agora, mas não é bem assim.
O fato é que a impulsividade só me trouxe desgraça, não gosto, acho que fazer uma coisa no calor do momento = a descontrole e tenho que admitir que sou uma control freak, na verdade vario entre dois pólos extremos o de absolutamente controladora e do deixa a vida me levar, beeem na verdade, vario...
Sou uma metamorfose ambulante, cada hora quero uma coisa, ajo de certo jeito, lógico que sempre fica a essência, nunca vai me ver trapaceando ou mentindo a torto e direito, mas me modifico o tempo todo sim, me renovo. Gosto de ouvir novas idéias e ao contrário do que muitos pensam, rever minhas próprias.
Eu, assim como a minha amiga, tenho medo de passear por aí na minha Ferrari, medo do que os outros vão pensar, medo da inveja deles, medo do sofrimento que vou causar aos que amo se eles virem na pintura novinha o reflexo do seu próprio fracasso...medo!
Quem não tem medo de ser feliz que atire a primeira pedra!

sábado, 15 de maio de 2010

Um pingo na água

Não é engraçado como um só pingo sempre causa uma revolução na água parada? Quero dizer, sempre que você faz alguma coisa, qualquer movimento, mesmo que seja pequenininho, mesmo que você faça meio sem convicção por achar que aquilo não vai dar em nada, a roda da carroça, que há muito tava lá paradassa, começa a se movimentar, devagarinho, sem saber muito bem pra onde, mas começa a girar.
Semana passada teve QL, mas essa semana, pra conseguir se acomodar no horário de uma das integrantes, teve de novo, meio desfalcada, meio renovada, mas teve.
Semana passada como comentei no post "Jeans novo" as meninas me incentivaram a fazer o blog, afirmando que ningém encontraria meus manuscritos dentro de casa.
Fiz, meio sem saber por que, sem achar (na real) que isso traria algum resultado concreto...que ajudaria eu sabia, escrever sempre ajuda, exorciza meus demônios, mas eu sinceramente acreditei que a coisa pararia por aí. Fiz por que o prisma achou bom e quando o prisma acha bom, é bom você achar ainda melhor, senão vai entrar pelo cano!
Fiz. Tá pronto, mas não sei nem o que dizer....e agora?
A integrante da QL há muito sumida, reapareceu e já chegou chegando (como lhe é de costume), foi uma QL express, mas rendeeeeu!
Ela me contou que conhecia umas pessoas que conheciam umas pessoas, disse que tentaria me dar uma mão com o lance de desencalhar os manuscritos....não levei muito a sério, mas no dia seguinte (sim eu disse DIA seguinte, não mês, nem ano, como eu achei que pudesse acontecer caso ela ainda lembrasse da promessa que tinha feito) ela me ligou dizendo que tinha conversado com a tal pessoa que poderia me ajudar e que eu deveria entregar os manuscritos a ela hoje, sábado.
Corri pra achar os benditos (escrevi um deles há uns cinco anos e o outro há quase dois) e hoje vou entregá-los.
Não tenho a ilusão de que essa será a solução do meus problemas e que me tornarei a próxima JK Rowlings, mas achei realmente fantástica e impressionante a revolução que um só pingo de água pode causar numa imensidão de água parada ou melhor, represada. 
O pingo entra na água e faz uma ondinha, pequena, do tamanho da sua massa, em pouco tempo outras ondas bem iguaizinhas àquela se formam, empurrando a primeira pra fora, obrigando-na a se tornar cada vez maior pra conseguir abrigar dentro da sua circunferência inúmeras outras que se seguiram. E assim, sem perceber a ondinha cresce e se alarga, sem pensar muito no assunto, concentrando-se apenas no esforço necessário pra conseguir fazer com que toda a revolução que criou na água, antes estagnada, caiba dentro dela. No entanto, quantas ondas pode criar apenas um pingo?
Agora só me resta me empenhar pra que venha a chuva!!!

Beijo e me siga! ; ) ( né Ginger?)

terça-feira, 11 de maio de 2010

O prisma

Sou uma pessoa afortunada. Tenho muito menos dinheiro do que gostaria, mas no entanto, tenho quatro melhores amigas. Quatro!!! Quem tem isso?!?
A gente se reúne quinzenalmente (menos uma que mora longe, com essa falamos pelo MSN, sua cor ela nos manda por e-mail ou mensagem instantânea e anexamos ao prisma e esse brilha, completo! Maravilha essa Dona Tecnologia!!!) e fala sobre tudo e sobre nada e cada uma dá sua opinião sobre os problemas ou situações que a outra está vivenciando.
É uma terapia e tanto, claro que existem atritos porque no fim acaba sendo complicado separar nossas vidas, somos tão próximas que é duro precisar até onde vai o limite da sua liberdade e onde começa a liberdade da outra é quase impossível definir com certeza o que é "se meter" e o que é aconselhar mesmo porque cada uma de nós tem uma personalidade completamente diferente da outra e por mais que possa parecer a um desavisado que não temos nada em comum, a verdade é que essas mesmas diferenças trabalham a nosso favor, formando um prisma. Quando olhamos nossas vidas, nossos problemas e até os bons momentos através desse prisma, tudo fica muito mais claro e nítido.
É muito louco, mas pra mim o conselho perfeito é a colagem do conselho de todas elas e se todas vão na mesma direção com relação á qualqer coisa pode ter certeza de que é o caminho certo a se seguir!
Todas elas me aconselharam a criar esse blog.
Eu escrevi um livro há alguns anos, um livro que quer seja por falta de tenacidade ou de pro atividade ou talvez até de talento, nunca consegui publicar.
Na última QL (nossas reuniões quinzenais são chamadas assim, diminutivo de Quinta Lésbica, homem não entra) quando reclamei de me sentir perdida, sem saber que rumo dar à minha vida, fiz um trabalho pra uma amiga nossa, um logotipo, cartão de visita, etc... e surgiu a pergunta de por que não investir nisso e fazer disso um meio de vida, já que todos gostaram do resultado. Percebendo minha hesitação, uma delas me perguntou o que eu gostaria de ser e não tive que pensar mais do que alguns segundo pra dizer: "Eu gostaria mesmo é de ser escritora!", respondi (nehuma sombra de hesitação aí, pode ter certeza!), mas sua segunda pergunta foi:  "O que vc está fazendo nessa direção?"...nada, não estou fazendo nada!!!
Eu tentei algumas coisas...há algum tempo mandei meu manuscrito pra umas 3 ou 4 editoras, todas grandes e renomadas é verdade, não tenho diploma nenhum...também é verdade. =)...qualé??? Vai dizer que meus belos olhos não contam nada?!?
Alguns anos depois tentei novamente, amaldicoei a falta de oportunidade nesses país e traduzi o livro todo pro Inglês (um trabalho árduo, que me manteve ocupada por alguns meses) e mandei alguns manuscritos pros Estados Unidos também, mais uma vez não obtive uma resposta positiva, apesar de algumas encorajadoras...desisti.
Foi o suficiente pro meu frágil ego se estilhaçar em um milhão de pedaços. Não quis mais falar no assunto, ninguém me entende...ninguém nunca me entendeu, ninguém jamais vai (fica mais fácil assim).
Nunca mais senti vontade de escrever nada, achei que se ninguém gostou do meu primeiro livro suficientemente para publicá-lo, então não fazia sentido escrever um segundo, pois de certo era a autora que não agradava (ninguém me ama, ninguém me quer...ninguem me chama de meu bem!!!) ...claro que levei pro lado pessoal, neguei qdo meu prisma particular me sugeriu que tivesse tomado a não publicação como uma ofensa pessoal, mas agora, escrevendo sobre isso, fica claro que mais uma vez ele me mostrava a verdade, um pouco mais crua do que eu estava disposta a digerir, mas nada além da verdade.
Nesse mesmo dia, uma delas me sugeriu que fizesse um blog e todas as outras concordaram...quem sou eu pra ir contra os "achômetros" do meu poderoso cristal facetado?
Fiz o blog.
Pra quê?
Não entendi muito bem, mas pela primeira vez, aceitei humildemente um conselho, e o segui, mesmo sem entender perfeitamente o por quê (entendam, isso não acontece comigo! Preciso saber todos os por quês, como diz minha mãe, teho sempre que colocar todos os pingos nos "is"...cansativo esse modo de vida!).
Domingo fiz minha primeira postagem, enviei o link pras integrantes da QL, houveram reclamações de imediato sobre o volume e superficialidade do texto, tentei explicar o que expliquei na postagem em si, que o jeans era novo, incômodo...não convenci, pude ver o nariz da reclamona se torcendo, mesmo através da tela do computador...
Enfim, hoje tive um tempinho ocioso, quieto, solitário (que delícia é a solidão programada, compro por quilo, pago o preço que pedirem, minha sanidade vale quase sempre o dobro ou mais) e resolvi me meter aqui, fuçar no layout, ver como tudo funcionava, como postar do meu celular, etc...(adoooro essa tal de Dona Tecnologia, ela faz cada promessa!) aí, depois de ter me fartado com as possibilidades de mudança de template, gadgets e tal resolvi sentar pra escrever, que afinal de contas era a intenção inicial, e pouco a pouco o objetivo desse blog foi se desenrolando bem em frente aos meus olhos.
Vou escrever meu novo livro aqui!!! Um pouquinho por dia! Quem sabe assim alguém não me lê? Não me descobre? Não me acha? Quem sabe eu não me acho?
Quando minha amiga perguntou por que eu não escrevia mais, respondi que não via sentido em escrever pra ninguém ler, mas ela (espertinha) me devolveu uma nova pergunta, não devolveu assim, numa bandeja ou colocou cuidadosamente sobre a mesa, atirou na minha cara, pode muito bem ter derrubado um pouco da cerveja que estava no copo à minha frente em cima de mim.
"Então acha que somos ninguém?"
A reposta é não, não acho! Acho que vocês são tudo pra mim, então amanhã (ou depois, tipo regime de gordo... sabe como é regime de gordo né, só tem hora certa mesmo pra acabar!) vou começar a escrever um novo livro, vou exercitar minha disciplina e tentar postar diariamente, pelo menos uma página e vamos ver como a coisa anda certo?
Funciono muito bem sob pressão e bem mau (mal ou mau hein mãe?) ao Deus dará, portanto peço a todos os meus (2) seguidores (hahaha!!!) que me atazanem!
Beijo e me siga!


Essa são as mãos reais de todas que fazem parte do meu prisma, quem conseguir que ache a sua! Meninas adoro vocês!!!

domingo, 9 de maio de 2010

Jeans novo

Essa é minha primeira postagem e me sinto um tanto desconfortável, sem saber muito bem o que dizer (that would be a first!) é como se vestisse um jeans, novinho em folha. Me contorci pra enfiar o bendito e agora luto com a falta de elasticidade do tecido que insiste em restringir meus movimentos mais básicos como, andar, sentar...respirar!
Sei no entanto que o desconforto é passageiro e que, depois de algum tempo de uso, o brim vai ceder e se render às minhas formas moldando-se perfeitamente à mim e vai, provavelmente se tornar minha indumentária preferida, a peça que procurarei todas as vezes que precisar ou siplesmente desejar conforto.
Não vou forçar demais a coisa por enquanto, porque como já dizia minha mãe "o mundo não se fez num dia" e nada mais apropriado que escutar o conselho da sua mãe no dia dela, portanto, por hoje...
THAT´S ALL FOLKS!!!