quarta-feira, 11 de julho de 2012

"Filhos...porque tê-los..."

Outro dia tava lendo um blog que eu sigo, onde o cara aconselhava as pessoas a não se deixarem levar pela maioria e entrarem no esquema de ter filhos depois de casar. O tal cara dizia que as crianças, além de virarem a casa e a vida dele dele de ponta cabeça quando vinham visitá-lo (era separado), ainda o obrigariam a reviver todo o drama da sua infância e adolescência (o cara é um tipo meio esquisito, fisicamente falando...bom depois dessa fica a dúvida se a esquisitisse se limita a aparência).

Ok, eu sei que escritores podem ser um pouco diferente, solitários, metódicos, enfim...some a isso o fato de se tratar de um homem que parece ser incapaz de estabelecer o mínimo de limites ou horários aos próprio filhos por medo de ser odiado por eles (palavras dele, não minhas!) e com um pouco de boa vontade dá até pra entender o cara dizendo que rezou pra que a mulher perdesse o bebê durante 9 meses...simpatizar, já é pedir um pouco demais!!!

Essa história de ter uma síncope ao pensar no seu filho passando pelos mesmos dramas que você, na minha opinião, é absolutamente ridícula. Claro que ninguém estoura um saco de pipoca e toma guaraná de canudinho enquanto assite de camarote a própria cria se ferrando, mas numa situação dessas temos que lembrar de duas coisas: nossas experiências (boas e ruins) nos trouxeram até o ponto onde estamos hoje, nos fizeram quem somos e a outra é que seu filho (supostamente) é você melhorado e se você foi capaz de levantar depois dos capotes que tomou por que diabos ele não seria?

Eu penso que não querer que seu filho seja como você é tanto um disperdício de energia (seu pimpolho carrega metade da sua carga genética, portanto, caso seu desejo se realize, peça um exame de DNA!) quanto uma questão de baixa auto-estima (qual é o problema com a pessoa que você vê no espelho todos os dias?). É importante lembrar que apesar de ter vindo de você, seu filho é um indivíduo com sua própria história pra viver e suas próprias batalhas pra lutar (apesar da gente lutar algumas por eles de vez em quando...literalmente...hihi)

Não acho que ter filhos seja uma decisão racional (se fossemos colocar na balança os prós e contras continuaríamos sendo filhos pra sempre ao invés de tê-los), mas como já diria o bom e velho Kid Abelha, contas de amor sempre dão errado!