segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Applause please?!?

Outro dia, conversando com umas amigas, me dei conta que algumas pessoas sofrem mais que outras (ou simplesmente demais) com uma necessidade que apesar de comandar suas vidas, consegue muitas vezes passar despercebida ou pelo menos anônima. A necessidade de aprovação.






A grande maioria de nós sofre desse mal (que na verdade nada mais é que natural e inerente à toda espécie que viva em comunidade, que dirá uma racional) e os pouco restantes a quem pouco importa a opinião alheia (aqueles tipos que vivem soltando pérolas do tipo: "ninguém paga as minhas contas"), ou seja, os grande atores, esses são geralmente mal vistos pela comunidade que orbitam, digo que orbitam porque pra fazer realmente parte dela de verdade é preciso garantir sua aprovação e pra isso é preciso que haja algum tipo de respeito ou admiração e não procurar aprovação pra nada significa não ligar pro que os outros dizem nunca, ou seja, é dizer que todo mundo na face da Terra é menos esperto que você, sempre. Algo não muito espertode se fazer.

Calma, não me chamem de hípócrita! Não ainda! Eu ligo sim pra opinião alheia, sempre liguei, mas não à qual eu sou alheia! Não fez sentido? Justo. Minha habilidade linguística, às vezes, se revela mais limitada do que eu gostaria de admitir. Eu explico melhor.

Honestamente não me interessa que todos gostem de mim (de verdade! Sou uma péssima atriz, jamais conseguiria sustentar uma máscara por tanto tempo), entendam ou sequer aprovem minhas atitudes, me interessa se as pessoas quem me interessam o fazem. O que torna as coisas absolutamente diferentes.

Não sofro do "mal da necessidade de aprovação", não essa aprovação absoluta (pra tudo e por todos) que vejo várias pessoas se matando pra ter. Pra que? Pouco me interessa a opinião de quem não me conhece o suficiente pra me julgar ou o julgamento de quem conheço o suficiente pra não me interessar, e no fim das contas acredito que o que me define são minhas atitudes e não a opinião dos outros sobre mim.

É impossível agradar a Gregos e Troianos, todos nós sabemos disso, mas isso não impede de algumas (muitas) pessoas de tentar. Dedicar sua vida a agradar os outros me parece um ótimo jeito de perder sua identidade, sem falar na sua sanidade.

Não, não me considero parte desse grupo (que procura aprovação à qualquer custo), tampouco do segundo, estou em algum lugar entre os dois (será que estou no limbo do "mau da necessidade de aprovação"?!?). Falando sério, acredito no equilíbrio e mais que isso, acredito no natural e mudar meu modo de pensar e de agir pra agradar quem quer que seja não me soa lá muito natural. Obviamente que de vez em quando é preciso escutar o conselho dos outros e modificar algumas coisas, até alguns conceitos, isso pra mim chama-se evolução e, na minha opinião, quem ignora ou faz questão de ignorar isso perde tanto quanto quem o faz, o tempo todo, sem um motivo razoável, mas mudar algo pela simples necessidade de um tapinha nas costas simplesmente não é meu perfil.

Acredito em seguir seu coração e se alguém não gostar do que vai nele, provavelmente não fará parte do seu círculo social, simples assim. Podem até ter uma convivência educada, mas ao contrário desse novo conceito que tentam nos enfiar goela abaixo, não é preciso ter um milhão de melhores amigos. Caso seu "mal" mostre as caras mais frequentemente no meio profissional, mais fácil ainda de resolver, é só lembrar de um ditadinho básico "quem não tem teto de vidro, que atire a primeira pedra". Não estou falando que tá ok sair por aí pisando na bola, mas se pisar, saiba que acontece com todo mundo, aprenda com isso, tente não fazer de novo e siga em frente. Fora que, falando sério, que vantagem Maria leva? Todo mundo gosta e está satisfeito com você seja no âmbito profissional quanto no pessoal graças ao seu esforço descomunal pra isso. Ótimo, parabéns (viu como você é bom, ganhou parabéns até de mim!) sua vida é perfeita! Pena que é só até que cometa um deslize com qualquer uma dessas pessoas uma única vez, aí você vai ser tão ruim ou ainda pior que eu, que me recuso a fazer o que não acredito ou até mesmo o que não quero (o egoísmo faz parte de ser humano, assumo o meu, mas não com orgulho, que fique bem claro!) em troca de "parabéns". Vou trocar em miúdos pra quem teve dificuldade de acompanhar ou está simplesmente em processo de negação.

A  busca por aprovação vai consumir todo seu tempo e energia e como bõnus vai te colocar de babá de um menino muito pentelho chamado "Erro", com uma bola de lama em cada mão, prontinho pra arremessá-las bem na sua cara!...lembrando que errar é humano, te parece um bom negócio?

Na tentiva inútil de agradar a todos acabamos criando pra nós mesmos espaços cada vez maiores a serem ocupados e preenchidos, nos dividindo, multiplicando ou nos diluindo na intenção de executar tal tarefa com perfeição, na mesma proporção em que nos perdemos de nós mesmos. Tudo isso pra quê? Pela excitação momentânea de imaginar que os outros nos admiram por nossa perfeição? Quem é que consegue ser perfeito 100% do tempo...(Angelina Jolie...talvez) quem é que consegue ser perfeito afinal (se eu tivesse que apostar em alguém definitivamente seria nela, 6 filhos, 3 adotados em países pobres, embaixadora da boa vontade, ganhadora de Oscar, maravilhosa e magra daquele jeito??? Stop raising the fucking bar!)...e finalmente, quem iria querer uma coisa dessas? Pensou: "Eu"? Lá vem laaaaamaaaaa!!!!

O erro nos faz melhores, é a única maneira de crescermos, evoluirmos. Podemos aprender tantos com os nossos (inteligência), quanto com o dos outros (sabedoria). Comparo os erros com um copo de suplemento alimentar, podem ter um gosto detestável mas ao contrário dos seus desejados "tapinhas nas costas" fritos e gordurosos te ajudam a crescer forte e saudável.

Adimita suas falhas, aprenda a perdoar-se por elas e tenha fé que as pessoas que realmente merecerem estar na sua vida saberão fazer o mesmo, se não por bondade ou retribuição, por simples consciência de que esse mundo é redondinho, redondinho e, cara, como ele dá voltas!

Ps: Pra quem não percebeu, acrescentei um botão de comentários do Facebook. Ficou bem mais fácil me dar um feedback, hein? =)