segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Me vi na TV

Hoje finalmente consegui assistir o filme que me recomendaram há algum tempo, Julie and Julia. Pra ser bem sincera o apelo era zero (detesto a Meryl Streep), mas me disseram que seria inspirador, deu certo de estar no começo bem na hora que eu trocava de canal...uma daquelas "coincidências" sabe? Assisti. Gostei. Diria até que me inspirei mas isso não é necessáriamente verdade, quer dizer até é, por um tempo, mas às vezes me sinto um saco furado, não seguro nada! Duas horas depois do filme terminar, aqui estou eu me perguntando se tudo que a Julie fez valeu a pena mesmo, afinal de contas ela aind amora no Queens e a idolatrada Julia Child dela não quis sequer conhecê-la (quem não souber do que eu tô falando, veja o filme). Um saco essa coisa do copo estar sempre meio vazio. Talvez seja esse o meu problema, ou pelo menos o mais grave deles. Ceticismo.

Essa minha mania de olhar pro copo e enxergá-lo sempre meio vazio cansa até a mim! Fala sério, tem horas que nem eu suporto tanto "realismo".

Uma pessao me disse há pouco tempo que sou muito teórica...acho que agora entendo o que ela quis dizer, que sou sempre muito analítica e racional, quero racionalizar tudo, pegar a magia colorida e brilhante e dissecar todinha até que sobrem apenas pedaços cinzas e austeros de pura "realidade". Que saco!

Quando eu era criança meus ídolos eram o Bruce Willis no Duro de Matar e o Mel Gibson no Mad Max. Por que? Por que eles eram capazes de rir diante das desgraças. Conseguiam manter o bom humor e faziam piadinhas mesmo nas piores situações. Babava com a habilidade de manter o bom humor dos caras, claro que ainda não sabia que era apenas um texto escrito por alguém que nem de longe tinha passado ou iria passar por uma situação parecida (ah cala boca sua racional de merdaaaa!)...a verdade é: admiro as pessoas que têm bom humor.

Acho o máximo quando alguém tá numa puta enrascada e cnsegue manter o bom humor. Rir da própria desgraça é tipo, ninja! Eu sou bem mais o estilo da nossa amiga Julie, que joga tudo no chão e se derrete em lágrimas no chão da cozinha pq derrubou um peru rechado no chão. Não me orgulho, mas sou.

Queria poder me livrar de toda essa bitolação, queria me jogar mais nas coisas, na vida, sem pensar tanto a respeito, sem racionalizar cada passo que dou, pq cada dia mais percebo que quem pensa demais faz de menos.

Quero levar a vida menos a sério e encontrar a coragem de me jogar de cabeça no próxima toca de coelho que encontrar e quem sabe começar a encarar a queda livre como parte da diversão!