segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Another year over...




Ai, ai...um post de ano-novo?  Ai gente sei que é lugar comum, que é até brega, mas é que gostaria de dizer algumas palavras sobre essa época tão polêmica que é o final de ano . Uns amam, outros odeiam e entre os dois extremos existe ainda um milhão de outros sentimentos. Faço perte do primeiro time, definitivamente.





Tem quem garanta que essa história de que um ano novo nasce cheio de promessas não passa de balela, coisa inventada. Inventada por quem? Indústria? Com que intuito? Fazer cairem as vendas do Prozac por 1 mês pra poder dar férias pros funcionários? Sei lá, pra mim é uma coisa mais orgânica, criamos sem dúvida essa história de renovação da esperança depois de um ciclo de 365 dias, mas acho que essa invenção nasceu de uma necessidade nossa de sentir que todo ano temos uma nova oportunidade de fazer tudo diferente.

Eu sei que tem muita gente pensando (os mais doidos até falando alto e gesticulando impacientemente) que isso é ridículo, que temos essa oportunidade a cada minuto que passa, a cada dia que se levanta, mas fala aí, você não curte uma datinha marcada? Não marca um dia pra parar de fumar, quando poderia simplesmente não acender o próximo? Não promete que vai começar aquela dieta rigorosa na segunda-feira?  Não??? Então me conta, começa regime na quarta-feira? Começa???...aposto que eles dão resultado também né?

Eu, particularmente, acho demais a idéia de ter um ano novinho em folha pela frente (sim, sim só começo dietas na segunda....é, não dão muito resultado não...), um caderno zerinho, que se abre na minha frente com todas as páginas em branco (ai cacildis, tô praticamente ouvindo o Toquinho cantando "Aquarela") prontinho pra receber minhas resoluções de ano-novo (pelo menos eu confessei e você que tá aí, rindo da minha cara e faz igual, só que guarda o papel no fundo da maleta do faqueiro de prata que ganhou de herança da Tia Matlde e que ainda não teve a oportunidade usar).



Sem nenhum medo de parecer cafona (só de usar essa palavra eu já me entrego né, fala sério!) eu confesso que acredito, de todo o coração (se precisasse até batia palmas, I believe, I believe...quem não entendeu vai ter que assistir Peter Pan) que as coisas (e até eu mesma) vão melhorar no ano seguinte, que devemos almejar mudanças, fazer pedidos e esperar pelo melhor. Não sou otimista, aliás passo bem longe disso, mas assim como a alma de alguns cheira à talco de vez em quando, a minha se veste de lamê no final de ano! Fico brega no último grau, sou invadida pela certeza de que tudo vai ser diferente e por mais que eu não tenha um plano concreto pros próximos 365 dias eu me pego confiante de que o Universo tem (o especial do Roberto Carlos eu pulo, há limites).


Lógico que você pode estar pensando que tudo isso é uma tremenda babaquice e que esse negócio de postar toda segunda finalmente fundiu meu frágil cérebro (olha! quase inventei um trava línguas!), que não ter um plano, só esperança, é completamente inútil mas, eu penso que ter o plano perfeito e não ter brilho nos olhos é que é! Sim o Ano-Novo é um dia como outro qualquer, mas como já disse antes acredito que as coisas são o que fazemos delas e pra mim esse é um dia de esperança, essa chama que tem um brilho discreto mas que na maioria das vezes não se apaga nem com um belo sopro de razão (e olha a chuva de purpurina!), pra mim esse é o dia em que todos os meus sonhos são possíveis e quem, em sã consciência, não gostaria de um dia como esses???