segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cuidado! Pessoa inflamável!


Essa sou eu. A antítese de mim mesma!
Ao mesmo tempo que consigo ser muita vezes centrada e analítica, me tira do sério na TPM pra ver no que dá. No mínimo um filme de ação com super orçamento, repleto de tiroteios e explosões fenomenais, e não é que esteja representando um papel ao agir de qualquer um dos modos antagônicos, não é que suprima minha raiva e frustação na maior parte do tempo o que culmina numa erupção mortal de lava como muitos podem estar supondo, é que as duas personalidades em questão simplesmente ignoram a lei de que dois corpos não ocupam o mesmo espaço e coexistem dentro de mim (talvez porque ocupem o mesmo corpo?!?).








Quando tenho meus acessos de fúria, todo o discernimento e bem senso desaparecem sem deixar rastro, a personalidade argumentativa, a que acha que uma boa conversa resolve tudo, entra em coma e outra, copletamente insana assume. Grito, choro, brigo, falo mais do que devia, enfim toco fogo em tudo (o que nem é muito de propósito uma vez que também entrei em combustão, não necessariamente espontânea)!






Depois de um desses desastrosos episódios, ouvi gente me aconselhando a procurar ajuda profissional (você tá rindo? Pode parar porque eu tô falando sério!)...será que é esse o caminho? Será que dá pra remover cirurgicamente essa personalidade descontrolada que se esconde dentro de mim no divã de um psicólogo? Será que um analista conseguiria me convencer (mais rápido do que eu mesma vou fazer a seguir) de que atribuo vida própria a tal personalidade simplesmente pra eximir da culpa de não ter a manha (ou o saco) pra controlar essa parte de mim? 

Sempre tive uma certa (total e absoluta!) resistência quanto à psicólogos.
Não sei se porque eu não acredito que alguém possa me indicar um jeito melhor de lidar com meus bichos, ou se porque simplesmente não acredite que tal tratamento exista pra ser indicado. As pessoas me dizem que sou cabeça-dura, que adoro dar conselhos mas não aceito nenhum (dããã, fala alguma coisa que eu já não saiba. Grata!) mas até que ponto isso é de todo verdade? Eu ouço sim, considero até a hipótese, mas fala sério, se é esse parto com fórceps pra aceitar conselhos de quem me ama, qual a probabilidade de aceitar os de  um completo estranho?

Não tô tentando ignorar o problema, tô sabendo que sou inflamável e também tenho plena consciência de quando isso acontece posso dizer (ou fazer) coisas das quais vou me arrepender (posso não, vou!). Sei muito bem que em muitas dessas situações não vou poder voltar atrás, mas qual seria a solução? Encher essa personalidade de pílulas pra que ela durma pra sempre e me deixe (ou a você) em paz? Isso afetaria só essa parte de mim? Penso que se tentar calar essa parte de mim, como efeito colateral tudo em mim vai  silenciar também, e eu poderia até deixar de ser um vulcão prestes a entrar em erupção ambulante (ia ter tanta gente soltando rojão que ia parecer jogo do Curíntia!), mas ia também deixar de ser eu!

 Eu acredito que esse meu jeito explosivo tem a ver com a intensidade com que sinto as coisas, reajo com energia desnecessária ao rotineiro, não aprendi a domar essa paixão adolescente pelas coisas, o que vixa e mexe se traduz em ódio e fúria, mas será que a fórmula pra consertar isso é esinada na faculdade de psicologia? Um poção talvez?

O que exatamente um psicólogo ia fazer? Dar uma aula sobre auto-controle? Tentar atribuir meu descontrole emocional a algum trauma de infância? Me explicar que as coisas que transformo em cinzas com meus ataques incendiários não vão voltar a vida no final do dia como uma Phoenix? Oi! Tô sabendoooo!

Várias pessoas me disseram que um psicólogo pode me fornecer ferramentas pra resolver meu problema, que eu simplesmente não possuo...será?  Será que eu tô presa no nível 4 da minha vida e pra passar pro nível 5 (no melhor estilo Mario Bros) é preciso deitar num divã, conversar com um psicólogo pra só então conseguir o chapéu com girocóptero que preciso pra chegar numa portinha lá no alto que garante o acesso à próxima fase? Acho improvável...

Podem me chamar de ignorante (vá em frente, sou mesmo muitas vezes) mas não acredito que terapia seja a solução pra mim, pode até funcionar pra muitas outras pessoas e por favor, não me entenda mal, respeito isso(pácas)! Acho que a gente deve ir atrás de qualquer coisa que nos faça nos sentir melhores, ou até de fato, melhore as coisas pra gente, mas tenho a forte impressão, de que no meu caso,  se caixinhas decorada com tarjas pretas não fizerem parte desse processo "terapêutico", a coisa vai continuar mais ou menos na mesma.

Alguém ainda, atribuiu minha resistência a análise ao medo do que eu vou encontrar, mas (só pra variaaaar!) não concordo, não é medo é mais a falta de empolgação que a idéia de dedicar o resto da minha vida (ah sim, a coisa vai looonge!) a procurar pêlo em....Lulu da Pomerânia, me traz. Já sei que eles estão lá, escovo o bicho todos os dias! Qual seria o objetivo? Arrancá-los todos? Onde eu passaria a procurá-los então?