sexta-feira, 28 de maio de 2010

Baile de máscaras

Todo mundo usa uma, às vezes mais de uma, elas são artesanais, construídas aos pouco, feitas de uma colagem das rejeições que sofremos, elogios que ganhamos, das boas notas na escola, das ruins, dos rótulos que odiamos e dos que fazemos qualquer coisa pra manter.  Construímos uma persona social que tem como objetivo nos ajudar a  passar pela vida sem sermos mastigados e engolidos por ela, consciente ou inconscientemente, isso é fato.
No entanto a pergunta que não pára de martelar na minha cabeça é o quanto conseguimos ver, cheirar e sentir da vida através dessas nossas máscaras, essas caras que colocamos em cima das nossas próprias ao levantar e deixamos (alguns não) na mesinha de cabeceira qdo vamos dormir.
Sinto que muitas vezes, num rompante, arranco a minha em público, (se é que podemos chamar familiares e amigos íntimos ainda se encaixam na definição de público) é um momento absurdamente desconfortável (bem no estilo daquele sonho que vc tá pelada(o) no meio da rua e tá todo mundo te olhando?), contando aos outros o que vai dentro de mim, decisão da qual ivariavelmente me arrependo logo em seguida.
Não funciona pra mim, me vejo como um ET deitado numa maca, rodeado por cientistas curiosos me abrindo ao meio, cutucando minhas entranhas expostas pra entender do que são feitas. Situação asquerosa. Evito!
Por outro lado me pergunto como as pessoas poderiam me enxergar se não tolero ser vista?
A escrita sempre foi um meio de comunicação poderoso pra mim, uma ponte entre o meu mundo interior (extremamente tumultuado) e o mundo real, sempre me pareceu estranho, mas reconfortante, como todos os meus pensamentos desordenados de repente se tornavam palpáveis e inteligíveis, até pra mim mesma, não, principalmente pra mim mesma, uma vez impressos no papel. Estão ali, deixam de ser abstratos, existem!
É como se meus dedos soubessem me explicar melhor que minha boca, então deixo que seja assim e aqui procuro revelar um pouco de pele e mostrar do que sou feita, feia ou bonita.
O papel raramente julga (sim, existem os que se revoltam, se transformam em um analista de origami e te dizem umas boas verdades!) e aceita os maiores disparates com placidez e se nesse momento estiverem rindo e balançando a cabeça negativamente (tipo, tsc, tsc) achando que não percebo que isso é só mais uma das minhas máscaras, a persona de escritora que fala por mim, saibam que considerei essa hipótese e depois de conversar com meus dedos percebi que é no máximo uma maquiagem e uma boa maquiagem pode revelar mais do que esconder!
^^Esse aí em cima é um auto retrato que fiz há algum tempo, sei que a definição está péssima mas procurem entender, o papel estava sujo, o lápis era péssimo e a desenhista...extremamente injustiçada HAHAHAHA!!!
BEIJO E ME SIGA!!!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A felicidade é uma Ferrari!

É isso mesmo que eu acho, não pq eu ame Ferraris perdidamente mas depois de pensar sobre a conversa que tive com uma amiga ontem percebi que se fosse materializar a felicidade ela se pareceria com uma.
É muuuuuuuito difícil ter uma, cabem apenas duas pessoas confortavelmente, no máximo três (a terceira tá meio na roça) e mesmo quem tem, não usa todo dia.
A felicidade é na minha cabeça é bem assim, ontem, essa amiga (que está em busca sua Ferrari) me perguntou se eu achava que o que ela estava fazendo era egoísta...pode até ser, mas é assim mesmo que a banda toca !
Não dá pra gente ser feliz levando em conta a felicidade do outro, pq é um conflito de interesses por definição! Cada um quer uma coisa da vida e se formos tentar fazer as coisas de modo que possamos agradar à todos estamos beeeeem na roça!
Não tô falando pra sair por aí puxando o tapete de todo mndo pra ver se sua felicidade não se escondeu lá embaixo, mas tô dizendo que não deverámos nos culpar por querer que as coisas sejam do jeito que achamos que devem ser, ou que sentimos que devem ser (tem isso tbém né, mulher é super intuitiva e as que escolhem não se ouvir....listen to your heart when it´s callin fot you...(ai que brega, só por Deus!) sempre quebram a cara.
Veredicto final (veredito tem "c" Mamy?), curtam a sua Ferrari, ela é linda e provavelmente vermelho paixão, mas cuidado pra não atropelarem ninguém nessa estrada, pq essencialmente acredito que tudo que fazemos volta pra nós 3x mais forte, tanto de bom quanto de ruim.
A minha procura pela felicidade, como quase todo o resto, é bastante racional. Peso as coisas sabe? Prós e contras...ai, sei que pareci um tédio agora, mas não é bem assim.
O fato é que a impulsividade só me trouxe desgraça, não gosto, acho que fazer uma coisa no calor do momento = a descontrole e tenho que admitir que sou uma control freak, na verdade vario entre dois pólos extremos o de absolutamente controladora e do deixa a vida me levar, beeem na verdade, vario...
Sou uma metamorfose ambulante, cada hora quero uma coisa, ajo de certo jeito, lógico que sempre fica a essência, nunca vai me ver trapaceando ou mentindo a torto e direito, mas me modifico o tempo todo sim, me renovo. Gosto de ouvir novas idéias e ao contrário do que muitos pensam, rever minhas próprias.
Eu, assim como a minha amiga, tenho medo de passear por aí na minha Ferrari, medo do que os outros vão pensar, medo da inveja deles, medo do sofrimento que vou causar aos que amo se eles virem na pintura novinha o reflexo do seu próprio fracasso...medo!
Quem não tem medo de ser feliz que atire a primeira pedra!