
Não interessa o que você faça, acredite, nunca vai deixar todo mundo feliz e contente!
Vira e mexe vejo alguém (até eu mesma, que sei tudo sobre tudo!...riu,morreu!) caindo nesse erro grotesco, de achar que é responsável pela felicidade ou bem-estar de alguém. Não somos (não sou!), não é só uma questão de individualismo (cada um cuida do seu) mas é simplesmente uma impossibilidade, algo que está fora das nossa mãos e se sentir responsável por algo que não se pode fazer por definição me parece a receita pra insanidade.
Obviamente não estou incentivando meus parcos leitores a enfiarem o seu debaixo do braço e saírem correndo, usando a cabeça dos outros como escada, mas estou convidando-os a deixarem de lado a culpa de não conseguirem manipular o equilíbrio do Universo.
Aceitação. Essa é a palavra!
Não adianta fantasiar que podemos melhorar a vida de alguém piorando a nossa, isso não funciona, é insustentável. Sentir-se culpado por procurar uma coisa melhor pra sua vida, seja num relacionamento amoroso, familiar ou profissional não faz nenhum sentido, mesmo porque é raro que qualquer relacionamento chegue ao fim sem nenhum motivo ou prenúncio, provavelmente a outra parte interessada teve alguma participação nisso ou até mesmo uma chance de mudar essa história.
Obviamente existem jeitos melhores ou piores de se acabar um relacionamento, e se o seu, por acaso foi o último caso, converse, desculpe-se, tente não fazer de novo, mas isso é o máximo que se pode fazer a respeito, ainda não inventaram um botão de rebobinar a vida, portanto faça o possível pra que a outra pessoa entenda que não foi intencional e por mais feia que a coisa tenha sido coloque uma pedra sobre aquilo e siga em frente. Perdoe-se, mesmo que o outro não consiga fazê-lo, porque não se pode exigir o perdão de ninguém.
É preciso ter consciência de que uma vez conversado e explicado o assunto precisa ser encerrado dentro de nós, mesmo que a realidade tenha se negado a seguir seu script que incluía abraços, lágrimas, compreensão e o tão esperado perdão.

Entenda e aceite que você que pode causar dor, trazer alegria, perdoar, melhorar ou piorar a vida de quem está ao seu redor sim, mas existe um limite, limite esse que é definido pelo outro e somente por ele.
Culpa é um sentimento normal e até nobre, mas se nem Hércules aguentou o peso do mundo e teve que dar o jeito de jogar a bomba na mão de Atlas de novo, será que vale mesmo a pena tentarmos?
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